quinta-feira, 30 de agosto de 2012

MACONHA É DROGA E FAZ MAL À SAÚDE!

Maconha é droga ilícita! No Brasil, é ilegal fumar maconha! 

Por mais estranhas que possam parecer as afirmações acima (em virtude do que percebemos em nosso dia-a-dia), as mesmas são verdadeiras!

É que apesar de o conceito de ser ou não ser droga estar muito acima da questão da legalidade (droga é qualquer substância psicoativa que trás alterações ao organismo), no caso da maconha se tornou ilícita, entre outros fatores, em virtude das tão significativas alterações ocasionadas e pela deformação na qualidade da personalidade, ou seja, no caráter.

A síndrome amotivacional ou letárgica em que o usuário perde o interesse por tudo o que não seja relacionado à droga (a droga da preguiça!) é apenas um dos sintomas. É a síndrome de quem passa a vida  -  e a vida passa!  - como que estivesse sempre "enxugando gelo!"

E lamentável é o aumento de "enxugadores de gelo" em nossa sociedade, que se auto anestesiam, incapazes de enfrentar o cotidiano conforme ele se apresenta. Na verdade o ser humano não necessita de qualquer substância externa para obter prazer ou para “ser feliz”, já que a natureza nos proveu de endorfinas, com tal finalidade.

Constatável entre os usuários da maconha - “cannabis sativa” – são os déficits consideráveis na capacidade de aprendizagem, na memorização, justificando o que nos apresenta o cientista David Ferguson, em seu estudo - o mais conceituado sobre o tema, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde -, quando conclui, a droga que emburrece!, ou como diríamos nós brasileiros, a que os torna “inteligentes pra burro!”.

São inúmeras as comprovações científicas que nos mostram a tendência de desenvolver doença psíquica qualquer, precipitando sua manifestação e o uso anulando a ação dos remédios, em caso de tratamentos, retornando toda a sintomatologia. Comuns também o aparecimento de problemas pulmonares e a diminuição sensível dos níveis do hormônio masculino testosterona, podendo causar no homem esterilidade.

E como se tudo isso não bastasse, a família sofre, a sociedade adoece, a violência ( doméstica e urbana) é potencializada, grandes são os custos e enormes são os danos sociais e o impacto à saúde pública!

O que fazer? Sem dúvida alguma priorizar ações de prevenção junto às escolas, aos movimentos religiosos, às ações comunitárias, onde se encontram as famílias, buscando sensibilizá-las, bem informá-las e desfazendo os mitos.

Em relação ao uso infrene da droga, já instalado, nós do Conselho Antidrogas de Santos (COMAD) temos defendido o fortalecimento de verdadeira frente de ação entre as polícias, os conselhos de segurança e outros conselhos (onde se encontra representada também a sociedade civil organizada, além do poder público), com capacitações e treinamentos especializados, onde o policial militar, por exemplo, sinta-se encorajado a atuar e o policial civil incentivado a registrar quantos termos circunstanciados forem necessários (e, diuturnamente, muitos e muitos são necessários!), para que se cumpra a nova lei sobre drogas ( nº 11.343 em seu art. 28), chegando ao Judiciário para que possa aplicar o cerceamento de direitos (vez que não há para o usuário pela aprimorada lei o cerceamento de liberdade).Todos unidos contra a corrente desinformada ou mal intencionada, que visa banalizar o uso da droga.

Seria muito simplista achar que a solução se encontra apenas nas câmeras de monitoramento instaladas pela cidade, não obstante serem as mesmas, na somatória, de grande valia.

Precisamos sim de união para, no mínimo, junto atenuarmos a grave problemática.Levemos em conta que a maconha hoje comercializada é, pelo menos, dez vezes mais potencializada em seu princípio ativo (THC), do que há décadas atrás, aumentando sobremaneira as conseqüências de sua ação destrutiva.

A ciência adverte (e a inteligência e o bom senso também!), maconha é droga, causa dependência e faz mal à saúde!

(Eustázio Alves Pereira Filho, advogado, psicólogo especialista em adolescentes, família e tratamento da dependência química)

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