segunda-feira, 31 de agosto de 2009

MARIA - UMA VISÃO DIFERENTE

Pra. Ioná Loureiro <ª)))<

"Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador" Lucas 1:46-47

Decidi escrever sobre Maria porque conheço poucos textos que falam de sua figura forte junto aos propósitos de Deus, sem distorcer a sua humanidade. Lamento muito o que fizeram com ela. Se ela soubesse no que a transformaram aqui na terra, creio que entraria em desespero. Transformaram-na numa divindade. Esqueceram do que ela disse certa vez: - "... Fazei tudo o que ele vos disser" João 2:5. Ou seja, em sua relação familiar com o Mestre, a autoridade respousa sobre filho e não sobre a mãe.  Enfim, Maria era uma mulher comum, como todos nós, que tememos ao Senhor. Entretanto, para que o filho de Deus viesse ao mundo, era preciso que uma mulher o gerasse em seu ventre materno. E Maria, foi a grande escolhida. Às vezes, me ponho a pensar. O que ela tinha de especial?! Vejamos alguns aspectos que considerei:

  1. Santidade – "...a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria" (Lucas 1:26). Primeiramente, convém dizer que Maria buscava a santidade. Era noiva de José e não vivia na fornicação, não era conivente com o sexo antes do casamento. Ele se guardava para o momento certo. Buscava formas, imagino eu, de fugir da tentação. Temia ao Senhor e por conta de seu temor, manteve-se virgem até Jesus nascer, quando pode, finalmente, casar-se com José e iniciar a sua vida sexual.
  2. Submissão à vontade de Deus. "Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela" (Lucas 1:38). Maria era submissa à vontade Deus. Não tinha medo de se submeter aos propósitos de Deus para a sua vida. Deixou, permitiu que Deus cumprisse em sua vida os seus desígnios. Não se preocupou com o que as pessoas iriam falar, especialmente, com o que seu noivo iria pensar. Decidiu correr riscos para cumprir a vontade de Deus.  
  3. Engradecimento ao Senhor. "Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor"
    (Lucas 1:46). Só alguém que soubesse engrandecer ao Senhor poderia gerar o filho de Deus. Maria poderia se achar a super poderosa mãe do filho de Deus. Poderia por toda a sua vida decidir não mais gerar filhos por ser a mãe de Jesus, envolvendo-se numa religiosidade insana. Ao contrário, manteve uma vida normal com o seu marido José e teve outros filhos. "E lhe comunicaram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te" (Lucas 8:20).  Não utilizou as suas prerrogativas de mãe do filho de Deus para alcançar privilégios. Todavia, tornou-se discípula do Mestre como os demais. Entendia, que engrandecer ao Senhor era o seu foco.
  4. Discrição. "E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração" (Lucas 2:51). Maria era discreta. Guardava em seu coração as suas próprias considerações. Não era daquele tipo de mulher faladeira, fofoqueira, arrogante, presunçosa. Não se auto promovia entre as pessoas. Não batia no peito para dizer ao mundo que era a mãe do filho de Deus. Sabia que havia sido apenas um instrumento nas mãos de Deus. A discrição fazia parte de sua vida.
  5. Fidelidade "E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena" (João 19:25). Maria cumpriu o seu chamado até o fim. Caminhou com o seu filho até a cruz, suportando a dor da entrega daquele que viu crescer em seus braços e a quem tanto amou. Estava junto de Jesus no momento mais crucial de missão. Não abandonou o filho de Deus em seu momento de grande dor. E ainda após a morte do Mestre, continuou firme, cumprindo o seu chamado como sua discípula fiel. "Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele " (Atos 1:14)

  Vemos, portanto, que Maria foi uma grande mulher. Uma mulher comum, uma serva de Deus. Alguém que nos ensinou a engrandecer ao Senhor pela salvação que há em Jesus Cristo. Alguém que nos ensinou que homens e mulheres comuns, como nós, podemos fazer parte dos grandes propósitos de Deus aqui na terra, basta que achemos graça diante do Senhor por meio de nossas atitudes "Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus" (Lucas 1:30) 

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