Olhando para a manjedoura,
Vejo a realidade constrangedora
Do Filho de Deus ali deitado.
Cristo era o redentor prometido,
O resgate divino oferecido,
Mas ali estava sozinho e rejeitado.
Olhando aquela triste manjedoura,
Ressalta a realidade avassaladora:
É o retrato nítido do nosso coração.
Da mesma forma quando veio ao mundo,
Ainda hoje recebe o desprezo profundo:
É notória a sua pública rejeição!
A manjedoura era um lugar frio;
O coração, um lugar sombrio.
A manjedoura era desconfortável;
O coração um lugar pouco amigável.
A manjedoura continha muita sujeira;
O coração é uma completa lixeira;
A manjedoura ficava fora, distante;
O coração é enganoso e relutante.
A manjedoura não tinha valor;
O coração é pobre de amor.
A manjedoura era tosca até demais;
O coração é rude e não tem paz.
A manjedoura era repleta de palha
Rústica, sem conforto, sem toalha
Mas foi o berço encontrado para Jesus.
E assim o Salvador veio ao mundo
Revelando um amor suave e profundo.
Trazendo a nós vida, amor e Luz.
Se naquela noite linda de Natal
Anunciada pelo canto angelical,
A manjedoura foi o berço de opção,
Mudemos esse rústico cenário
Oferecendo-lhe um lugar extraordinário
- O recôndito pleno do nosso coração
Oh, Jesus, Justo, amoroso e querido,
Verbo do Deus Santo proferido
E que no Natal trouxe-nos a acolhida,
Eu te agradeço com sinceridade
Pela graça, doação plena e bondade
- Natal é o presente da Eterna Vida!
Noélio Duarte/dez 2011
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