quinta-feira, 6 de junho de 2013

Coragem

A preocupação primária de muitos no mercado de trabalho é segurança: trabalho estável, rendimentos aceitáveis, responsabilidades maleáveis, expectativas previsíveis. E quem pode culpá-las? Com a economia mundial incerta, ter emprego é uma benção. Sendo assim, para quê dizer ou fazer algo que ponha em risco essa posição “segura”? Para quê balançar o bote?

Contudo, os maiores realizadores, aqueles que têm deixado marcas indeléveis em suas áreas de empreendimento, são os que exibiram coragem, desejosos de nadar contra a corrente, desafiar o status quo e aventurar-se no desconhecido sem nenhuma garantia de sucesso. 

Exemplos de Bill Gates e Steve Jobs imediatamente nos vêm à mente. Visionários que enxergaram usos e capacitação dos computadores que seus colegas jamais sonharam ser possível. Temos exemplos clássicos de inventores como Thomaz Edison, que dizem ter permanecido inabalável apesar dos reveses sofridos na busca para inventar a lâmpada, convencido de que cada fracasso representava um passo mais perto do sucesso.

De onde vem essa coragem? Algumas vezes, da necessidade. Meu amigo Gary se encontrava preso a um trabalho por hora, mal pago, que o deixava incapaz de satisfazer seus anseios para sua família. Ao invés de aceitar as circunstâncias ou culpar outros pela condição, Gary implementou um extenso projeto de desenvolvimento pessoal, adquirindo as ferramentas e habilidades que necessitava para se tornar um executivo de vendas bem sucedido. Hoje ele estimula outros a dar passos similares de coragem. Sua vida se tornou um exemplo vivo do princípio bíblico:“O apetite do trabalhador o obriga a trabalhar; a sua fome o impulsiona” (Provérbios 16.26). 

Mas coragem – essa disposição de avançar para além de limites familiares, estabelecidos e seguros – também pode surgir de outras fontes. 

Coragem para tomar posição. Quando você se sente seguro quanto a um princípio ou crença, a coragem exige que você seja intransigente. Pode ser que a mudança de estratégia seja necessária, apesar da oposição. Ou que seja errada, apesar das pressões. Siga o exemplo dos homens da tribo de Issacar, “que sabiam como Israel deveria agir em qualquer circunstância” (1Crônicas 12.32). 

Coragem para agir apesar do perigo. Avançar ou promover grandes mudanças pode envolver risco considerável. Mas se sentir que Deus o está impulsionando para seguir em frente, agir com ousadia e coragem é seguro. “Não fui Eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar” (Josué 1.9). 

Coragem para perseverar. Quando os objetivos não são alcançados ou as expectativas são frustradas, é fácil desistir. Mas em tempos assim, coragem para persistir e permanecer focado no objetivo é essencial. “Não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (Gálatas 6.9). 

Coragem para agir segundo as convicções. O mercado pode ser amoral e governado por “ética situacional”, não importando o que seja preciso fazer para fechar um contrato. É preciso coragem para permanecer fiel aos altos padrões de comportamento e ações. “Mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (1Coríntios 15.58). 

Por Robert J. Tamasy

Próxima semana tem mais!


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