terça-feira, 4 de junho de 2013

TORNANDO-SE MELHOR, PARA LIDERAR MELHOR

A LEI DO SACRIFÍCIO – UM LÍDER PRECISA ABRIR MÃO PARA PROGREDIR

Por que muitas pessoas resolvem ser líderes? Diversas questões levam as pessoas a isso. Martim Luther King resolveu ser líder por uma razão – mudar o mundo. Muita coisa que ele fez, ele não viu o resultado. Entretanto, nós ainda nos dias de hoje, desfrutamos das suas conquistas. Mas para ele ser líder ele passou por diversas situações de constrangimentos, privações e até ameaças de morte. Existe uma lei que nos ensina que a vida é uma série de trocas, uma coisa pela outra. E em liderança é assim. Essa questão de que ser líder é desfrutar de mordomias, é algo que hoje, vemos ser ultrapassada. O cerne da liderança é colocar os outros a sim mesmo, abrindo mão dos seus direitos em beneficio da equipe. Quanto mais responsabilidade se aceita, menos opções se têm. Ou seja, quem quer o cargo, a liderança, precisa estar disposto a pagar o preço. Liderança requer sacrifício e para fazermos progresso, é necessário abrir mão.

O problema para o líder é quando ele acha que conquistou o direito de parar de se sacrificar. Mas na liderança, sacrifício é um processo continuo. Se o líder precisa abrir mão para subir, mas ainda ele precisa abrir mão para continuar. Sl 24 – o importante não é chegar, mas sim permanecer. O sucesso de hoje é a ameaça ao sucesso de amanhã. Por isso, sacrifício precisa ser continuo.

Quanto mais alto o cargo de liderança, maior é o sacrifício. É como um leilão. Quando os lances começam, muita gente quer participar. Quando o preço é baixo, muitos fazem ofertas, mas à medida que o preço vai subindo, as pessoas vão desistindo. É a questão da liderança.

Qual o cargo mais alto em uma carreira – num país isso significa a presidência, pense em tudo o que um presidente precisa sacrificar para chegar até lá – exposição, desgaste, trabalho, o tempo não mais lhe pertence, suas decisões são questionadas, a família é pressionada e o poder de decisão é pesadíssimo.

Por isso, vemos que não há sucesso sem sacrifício. Como líder, ainda que você não veja o sucesso, saiba que no futuro alguém vai se beneficiar daquilo que você fez.

No nosso caso, almejamos ser líderes espirituais. Mas vale a pena levantarmos algumas questões com relação aquilo que é nosso chamado. O que nos leva a ser lideres? Qual a nossa real motivação?

No nosso caso precisamos ter essa consciência – de que é necessário abrir mão, tirando a minha privacidade e me fazendo entender que eu preciso abrir mão até mesmo da minha agenda. Essa falta de entendimento me leva a colocar a mão no arado e posteriormente, olhar para trás. Isso nos faz inaptos para a obra de Deus.

A ADMINISTRAÇÃO E A GESTÃO DA IGREJA – TORNANDO-SE MELHOR PARA LIDERAR MELHOR

Conceito de administraçãoDireção, gerência. Extrair o máximo de resultados, pelo trabalho de outras pessoas, com processos e ferramentas. Não há nada solto no mundo espiritual. Tudo está devidamente administrado. – Ec 3.15

Princípios Espirituais – Lc 9.62 e Mt 11.12

Disciplina e obediência tem resultado – I Sm 15.22

· Aprovação – A parábola das virgens – Aprovação de Deus e das lideranças que o Senhor estabeleceu sobre nós. Por melhor que sejam os meus resultados, se eu não estiver no centro da vontade de Deus, eu não serei aprovado. A minha aprovação traz a aprovação a minha equipe e vice-versa;

· Credibilidade - A parábola das minas – os nossos frutos nos promovem e nos fazem ter expressão diante de Deus. Quem tem fruto não é envergonhado. A arma forjada não prospera; e

· Prosperidade – o resultado da liderança eficaz.

FORMATOS DE LIDERANÇA:

· Compradores – aqueles que “negociam” sua autoridade (Dick Vigarista x Muttley – “medalha, medalha, medalha...”). Quando o líder comprador fala não, ele recebe a ingratidão em troca.

· De Rua – Quem bate mais, pode mais. A insegurança é a base dessa liderança. Saiba quem você e tenha consciência daquilo que Deus te deu.

· Motivadores – para esse tipo, não há defeito. Ele busca sempre motivar a pessoa, mas não consegue corrigi-la. Suporta as deformações para não perder o colaborador.

· Espirituais - O nosso modelo precisa ser espiritual – Mt 28.19 – exortar, premiar, formar, recompensar. Tudo isso, na Palavra. A liderança de Jesus Cristo. Um líder espiritual é maduro e faz a sua equipe amadurecer também. Entre homens espirituais não pode haver melindres.

ADMINISTRANDO E CONTROLANDO RESULTADOS ESPIRITUAIS

O líder espiritual:

1) ENSINA – Pais rígidos geram filhos de sucesso. Acompanhamento, ensinamento, através da palavra, mas acima de tudo, do exemplo. Compartilhe aquilo que deu certo com aqueles que ainda estão aprendendo.

2) DELEGA – o líder carnal normalmente é centralizador, egocentrista, por conta da sua insegurança. Delegar não é mandar fazer, mas sim acompanhar e gerir de perto. Ele é alinhado com aquilo que está acontecendo, acompanhando com disciplina.

3) ACOMPANHA – O líder espiritual acompanha, não apenas para ter o resultado, mas para fazer com que o resultado venha acompanhado de prazer. Delegação sem acompanhamento é cobrança. Delegação com acompanhamento é ensinar a tirar o melhor resultado.

4) COBRAR RESULTADOS – Aí sim eu posso cobrar, pois eu já dei todos os caminhos e ferramentas. Nesse caso, a cobrança está ligada à produtividade e ao sucesso. Aquele que quer chegar mais longe precisa estar aberto à cobrança. A quem muito é dado, muito será requerido.

O líder precisa ser organizado:

COMO E PORQUE ME ORGANIZAR – Pv 18.9

Ø Tomando consciência da necessidade – o pior enfermo é aquele que “acha” que é são, que não quer ir ao médico;

Ø Valorizando o ambiente organizado – o Diabo somente rouba um homem desorganizado. Organização gera resultados, organização tem o poder de nos multiplicador, nos dando resultados que na nossa carne, nós jamais os alcançaríamos. Disciplina e organização, muitas vezes compensam a falta de talento.

Ø Na Igreja de Cristo, o “show man” não se cria – Tanta gente que tem tanto talento, mas se não se organizar, fica para trás. O que nos dá resultado consistente é a organização.

PASSOS PARA A ORGANIZAÇÃO - Neemias

· Estruturar – Neemias foi completar aquilo que Esdras havia começado. Estruturar não é reinventar a roda. É faze-la girar. O ciclo longo da obra, se não for estruturado, traz desanimo.

· Ordenar – Dar direção, formatando as pessoas.

· Formar – Ensino, vital para o crescimento, para a perpetuidade de uma visão.

· Estabelecer bases ou métodos – Clarificar o lugar onde devemos chegar, através de uma metodologia clara e previamente estabelecida.

Organizar não é tomar decisão pela pessoa, mas ensina-la a tomar decisões. Muita gente se perde, pois fazer é mais fácil que ensinar. Ensinar multiplica, centralizar limita.

ADMINISTRANDO E CONTROLANDO RESULTADOS QUE SÃO ESPIRITUAIS

Aprenda a trabalhar com a cabeça e não com os pés. Trabalhador nem sempre é realizador. Afie o seu machado e a sua produtividade, o seu resultado vai crescer.

“Não há realização e sucesso sem trabalho, porém há muito trabalho sem resultado. Ambos chegarão ao final exaustos, mas com resultados diferentes.”

TRABALHE COM A CABEÇA

Ø Entenda os níveis da operação- conheça como as coisas funcionam;

Ø Identifique e conscientize cada um do seu papel – veja quais são os potenciais, cada peça do quebra cabeça tem o seu devido lugar. Encaixe cada colaborador na sua função e ensine-lhe o que fazer;

Ø Forneça as ferramentas para o controle; e

Ø Evite o ócio, que produz a criatividade desnecessária.

NIVEIS DE OPERAÇÃO

· ESTRATÉGICO (Bispo Estadual) – Estabelece conceitos, objetivos, metas, missão e valores;

· TÁTICO (Bispo Regional) – Estabelece o plano de ação, prazos, recursos humanos e materiais, em cima do planejamento estratégico, analisando os resultados – faz a coisa funcionar;

· OPERACIONAL (Pastores) – Distribui e realiza o trabalho, avaliando e resolvendo os conflitos que possam surgir durante o processo, com relação aos níveis anteriores (estratégico e tático).

PLANEJAMENTO

Ø Premissas – preposições que constituem os princípios fundamentais de um estudo;

Ø Objetivos – onde queremos chegar;

Ø Organograma – quem faz o que;

Ø Estratégia de Desenvolvimento – como fazer;

Ø Metas e Controles – gerindo o resultado a cada dia – o que precisa e o que falta.

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