segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Nenhum Bem Resulta da Fofoca

Quando perguntados acerca dos problemas mais comuns com os quais tinham que lidar no ambiente de trabalho, a resposta dada por administradores e supervisores quase sempre indicou a fofoca em primeiro lugar. Uma definição de fofoca é “conversa inútil ou rumor, especialmente a respeito de coisas pessoais ou privadas de outras pessoas”. Sendo assim, o objetivo da fofoca no ambiente de trabalho não serve para edificar a equipe. 

O conteúdo desse tipo de fofoca vai do desempenho profissional, passando pelo vestuário, “política do escritório”, à especulação de relacionamentos ocultos entre colegas de trabalho. Na maior parte dos casos, nenhuma dessas discussões contribui para elevar os níveis de produtividade ou camaradagem. Isso, porém, não diminui a tentação de compartilhar segredos picantes sobre membros da equipe não presentes para ouvir o que está sendo dito sobre eles. 

“Você não pode adivinhar o que acabei de ouvir sobre...!”  “Você sabia que ...e seu marido estão tendo problemas?”  “Eu falava com o Jim ontem e ele me disse que...está para ser demitido.” “Você notou que o Marvin está agindo de modo estranho ultimamente?  Você acha que ele pode estar bebendo de novo?”  Você já ouviu exemplos de “informação compartilhada” como estes?  Como você se sente quando os ouve?

As pessoas frequentemente falam sobre estar sobrecarregadas de trabalho, mas algumas ainda encontram tempo para falar de seus colegas pelas costas.  Talvez falar injuriosamente sobre os outros as ajude a melhorar sua autoestima. Ou quem sabe se sintam movidas por possuírem “informações privadas” que outros não têm – se não compartilhar, como os outros vão saber que ela as tem?

Raramente, talvez nunca, a fofoca tem algum valor positivo. Ela deprecia a pessoa que é objeto da conversa, e como resultado, pode também depreciar a reputação daquele que faz os comentários negativos. Aqui estão algumas reflexões sobre a fofoca e a língua incontrolável, bem como os alertas apresentados na Bíblia: 

A fofoca reflete a falta de bom julgamento. Só por sabermos – ou suspeitarmos – de algo sobre outra pessoa, não significa que temos a obrigação de expressar nossa suspeita para outros. “A língua dos justos é prata escolhida, mas o coração dos ímpios quase não tem valor. As palavras dos justos dão sustento a muitos, mas os insensatos morrem por falta de juízo.” (Provérbios 10:20-21). 

A fofoca destrói a confiança. Às vezes um colega irá compartilhar informações reservadamente, confiando que tudo será mantido em segredo. A decisão de ser indiscreto e transmitir aquela informação para outros pode destruir para sempre um relacionamento profissional e pessoal. “O homem que não tem juízo ridiculariza o seu próximo, mas o que tem entendimento refreia a língua. Quem muito fala trai a confidência, mas quem merece confiança guarda o segredo.” (Provérbios 11:12-13).   “O homem perverso provoca dissensão, e o que espalha boatos afasta bons amigos.” (Provérbios 16:28). 

A fofoca às vezes fere mais profundamente do que armas físicas.  Não é verdadeiro o antigo ditado “Paus e pedras podem quebrar meus ossos, mas palavras não podem me ferir”.  Geralmente os danos causados por comentários ásperos, descuidados ou mesmo irrefletidos resultam em ferimentos emocionais, relacionais e até mesmo espirituais significativos. “Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura.”  (Provérbios 12:18). 

A fofoca, mesmo sem intenção, pode ter consequências muito além das imaginadas. Mesmo que não tenhamos a intenção de causar dano a alguém, palavras ditas descuidadamente podem se mostrar surpreendentemente destrutivas. “...Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha. Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniquidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno.” (Tiago 3:5-6).   “Quem guarda a sua boca guarda a sua vida, mas quem fala demais acaba se arruinando.” (Provérbios 13:3).

Por Robert Tamasy

Próxima semana tem mais!


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