terça-feira, 3 de novembro de 2015

Prioridades e Compromisso Pessoal

Mark Cuban, empresário bilionário americano, e um dos investidores do reality show da tevê “Shark Tank – Negociando com Tubarões”, revelou suas prioridades pessoais ao criticar um dos empresários que fazia uma apresentação aos investidores, coletivamente conhecidos como “tubarões”.  Cuban disse querer que o comprometimento do empresário com o seu negócio fosse maior do que qualquer outra coisa  em sua vida.

Cuban destacou que quando estabeleceu o seu primeiro negócio ficou sem tirar férias durante sete anos! Também falou de quando sua namorada lhe disse que ele teria que escolher entre ela e os negócios. Cuban gabou-se por ter escolhido os negócios. 

Um comprometimento total para com o trabalho parece não ser incomum para muitas pessoas.  Elas consideram ser um “workaholic”, alguém viciado em trabalho, uma virtude e não um indicativo de prioridades mal estabelecidas ou em desequilíbrio. Elas se orgulham de não perder um só dia de trabalho, ou de deixar de desfrutar dias ou semanas de férias aos quais têm todo o direito. Em algumas culturas não se conhece esse tipo de devoção ao trabalho, que chega a ser uma obsessão. A sesta depois do almoço, e mesmo várias semanas de férias, são comuns em algumas partes do mundo. Porém, em algumas sociedades ocidentais uma dedicação total, sem reservas ao trabalho é exibida como um emblema de honra. 

O objetivo não é desconsiderar aquelas pessoas que ao iniciar um negócio precisam sacrificar seu tempo e energia durante o período necessário para assegurar que o novo empreendimento esteja firmemente estabelecido. Depois disso, contudo, deve chegar a hora em que o dono do empreendimento ou o empregado faça uma merecida pausa em sua labuta.  Com nos diz Eclesiastes 3:1-5, “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu...tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou...tempo de derrubar e tempo de construir...tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las...”

O trabalho é parte da vida – uma parte muito importante – mas o trabalho não é a vida. Quando Deus declarou “Não terás outros deuses além de Mim. Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra...” (Êxodo 20:3-4), estou certo de que Ele estava incluindo aí o trabalho e os negócios, porque eles também podem ser objeto de adoração. 

A Bíblia fala da “pessoa sã”, vendo-nos como indivíduos que apresentam muitas facetas, voltados para os relacionamentos e que precisam manter suas prioridades na devida ordem.   Quando Jesus respondeu uma pergunta afirmando “...Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento.” (Mateus 22:37), Ele nos estava exortando a fazer de Deus nossa primeiríssima prioridade. Em seguida Ele nos ensinou que os relacionamentos – conjugais e familiares, em particular – devem ocupar o lugar seguinte em importância:  “...Ame o seu próximo como a si mesmo.” (Mateus 22:39). 

Sem dúvida, o trabalho é um elemento muito significativo de nossa vida diária. Através dele obtemos as provisões para satisfazer nossas necessidades cotidianas. O que somos vocacionados a fazer pode nos dar grande satisfação e senso de realização. Entretanto, a Bíblia nos exorta a mantermos uma visão ampla de nossas vidas. Em Lucas 9:24-25 Jesus ensinou:  “Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá;  mas quem perder a sua vida por Minha causa, este a salvará. Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a si mesmo?”. 

O senhor Cuban, sem dúvida, provou ser um líder empresarial extremamente bem-sucedido, mas a que preço? Muitos, no mundo dos negócios, presumem que atingir o sucesso exige colocar o trabalho acima de tudo o mais. As Escrituras nos dizem que Deus tem um plano melhor: Deus, família e só depois, trabalho.

Próxima semana tem mais!


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