Tempos
atrás recebi o telefonema de um amigo que me contou sobre uma nova empreitada
empresarial que estava planejando. Ele perguntou se eu, sendo escritor, poderia
sugerir um nome atraente, bem comercial para o empreendimento. Meus amigos me
conhecem como o sujeito a quem nunca faltam palavras.
Antes
de começar a pensar em nomes interessantes para a startup, perguntei ao meu
amigo se ele tinha feito sua due diligence, investigando e pesquisando os prós
e contras para aquele tipo de empresa em particular. Ele disse que já tinha
feito isso e estava ansioso para começar. Eu não tinha informações sobre aquele
tipo de negócio, mas dois amigos meus haviam se aventurado em empreendimentos
como aquele no passado. Sendo assim, insisti com meu amigo para que entrasse em
contato com eles e perguntasse sobre sua experiência. Meu desejo não era
desestimulá-lo ou fazê-lo mudar de ideia, mas sim assegurar que examinasse
todos os aspectos do negócio em questão para evitar problemas futuros.
Anos
atrás aprendi um princípio importante para tomada de decisões. Nós temos
a tendência de tomar decisões com base em emoções, e depois justificar tais
decisões com fatos – fatos que deem suporte ao curso de ação que queremos
adotar. Ás vezes isto funciona, mas outras vezes a abordagem tipo “emoções em
primeiro lugar, fatos em segundo” pode levar ao desastre. Sentimentos podem
promover – e frequentemente promovem – julgamentos nebulosos.
Sendo
assim, como evitamos essa armadilha potencial? Buscando conselhos e informações
de pessoas em quem confiamos - mesmo aquelas que não temos certeza se irão
concordar e apoiar tudo o que desejarmos fazer.
O
livro de Provérbios tem muito a dizer sobre este tópico. Por exemplo, ele
afirma: “Sem diretrizes a nação cai; o que a salva é ter muitos conselheiros.”
(Provérbios 11:14). Uma passagem similar nos fala: “Os planos fracassam por
falta de conselho, mas são bem-sucedidos quando há muitos conselheiros.”
(Provérbios 15:22). Aqui estão outros princípios extraídos de Provérbios que se
relacionam com a tomada de decisões e a busca de conselhos de outras
pessoas:
Seja
cauteloso e não confie somente em seu julgamento.
Decisões, especialmente as apressadas, podem ser justificadas e desculpadas com
muita facilidade. “Esta é uma oportunidade única na vida, e se eu não agir
agora, vou perdê-la!” – raciocinamos. Ou então, dizemos a nós mesmos: “Eles (os
que não concordam conosco) simplesmente não compreendem.” Mas Provérbios 28:26
nos adverte: “Quem confia em si mesmo é insensato, mas quem anda segundo
a sabedoria não corre perigo.”
Procurar
o conselho de outros pode revelar o modo de pensar errôneo.
Será que estamos tomando decisões baseadas em emoções ou sem considerar todos
os fatores envolvidos? Conselheiros sábios podem oferecer segurança – ou
revelar falhas no nosso raciocínio. “O caminho do insensato parece-lhe justo,
mas o sábio ouve os conselhos.” (Provérbios 12:15).
Sermos
humildes e nos dispormos a ouvir conselhos é por si só um ato de sabedoria.
Procurar outras pessoas em busca de conselho pode parecer humilhante,
especialmente quando acreditamos que estamos certos. Mas se nosso objetivo for
tomar a decisão certa, a humildade de consultar outras pessoas já é um
ativo. “Ouça conselhos e aceite instruções, e acabará sendo
sábio.” (Provérbios 19:20). “Se você parar de ouvir a instrução, meu
filho, irá afastar-se das palavras que dão conhecimento.” (Provérbios
19:27).
Em
retrospecto, a compreensão do que devia ter sido feito é total. Quando buscamos
conselho, especialmente quando ponderamos sobre decisões difíceis, complexas,
outros podem nos dar sua própria visão retrospectiva, arduamente conseguida.
Assim, não teremos que conquistá-la por meio do sofrimento da tolice e do
fracasso.
Próxima
semana tem mais!
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