terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Guia Fácil Para Simplificar

Você já observou que com as complexidades crescentes da vida e do trabalho cotidianos, estamos de alguma forma tornando as coisas mais complicadas do que precisariam ser?

Uma tarde dessas eu estava na Cafeteria que já gerenciei, tocando com minha banda, a Sky Blue. Como de costume, usava um amplificador para guitarras Fender que está em minha família há 50 anos. Tenho um amplificador mais antigo que também uso regularmente.

Dizem-nos constantemente que “o novo é melhor”, mas usar equipamentos musicais com décadas de idade não é incomum. As principais tournês geralmente usam instrumentos e acessórios com 50, 60 anos de idade.

A razão é simples: só porque é o último modelo não quer dizer que seja melhor do que o que veio antes. Uma gaveta no meu estúdio de fotografia guarda inúmeros celulares e smartphones que não funcionam mais e todos têm menos de 10 anos de idade. O ponto é: simplicidade é melhor que complexidade.

Um amplificador de guitarra é um dispositivo projetado para fazer bem uma única coisa: amplificar sons. Um bom pode durar gerações, desempenhando muito bem sua função. Em comparação, um smartphone foi projetado para fazer centenas de coisas diferentes, nenhuma delas muito bem feita. Resultado: ele vai durar até que chegue o novo modelo e ele se torne obsoleto. 

É uma boa metáfora para a vida. Podemos escolher fazer uma ou duas coisas muito bem e exercermos impacto que perdure por gerações. Músicos competentes raramente chamam a atenção por desenvolver inovadores programas de computação ou vender carteiras de ações. Eles sabem no que são bons e fazem isso. 

A alternativa é ir em muitas direções diferentes, tentando ser tudo para todos, e no processo realizar pouco e exercer pouca influência nas pessoas que nos cercam ou na sociedade em geral. Como homens de negócios e profissionais, devemos nos esforçar para identificar nossas forças, talentos e dons e buscar excelência nessas áreas. Há pouca demanda para o “pau pra toda obra, perito em nenhuma”.

Oswald Chambers, conhecido escritor britânico de devocionais, afirmava com sabedoria: “O bom é inimigo do melhor.”  Em outras palavras, há incontáveis coisas boas com as quais podemos estar envolvidos, e que podem ocupar nosso tempo e energia, mas qual é a melhor para fazermos — aquela para a qual fomos equipados e chamados a realizar com exclusividade?

Um dos segredos para uma carreira significativa e de sucesso está em discernir quais são as melhores coisas e nos dedicarmos a buscá-las, servindo aos outros no processo. A Bíblia nos adverte: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo” (Colossenses 3.23-24). Se acreditamos nisso, não faz todo o sentido determinarmos em que coisas somos melhores e “fazê-las de todo o coração”?

Ambiciosos que somos, tendemos a acrescentar itens à nossa lista de “coisas a fazer”, quando deveríamos eliminar itens. Será que estou fazendo algo que na verdade seja perda de tempo? Será que tenho desperdiçado tempo fazendo algo sem significado, da qual sequer me lembro mais?

Simplifique sua vida no trabalho. Complexidade nem sempre é bom. Ela pode ser inimiga do melhor!

Próxima semana tem mais!

Por Jim Mathis


Nenhum comentário: