quinta-feira, 21 de maio de 2015

Dança das Cadeiras

Seth Godin, destacado escritor, empreendedor, marqueteiro e preletor, fez referência em seu blog ao jogo infantil da dança das cadeiras. Suas palavras me trouxeram memórias das inúmeras vezes que participei dessa brincadeira quando menino. 

Se você não conhece a brincadeira, trata-se de um jogo no qual você anda em torno de um grupo de cadeiras enquanto toca uma música. Quando a música para, cada participante procura sentar-se numa cadeira. A pegadinha é que sempre há uma cadeira a menos do que o número de jogadores. Aquele que fica sem cadeira para sentar é eliminado do jogo. 

A lição que aprendi é que se não queremos brigar pela última cadeira, seria bom trazer nossa própria cadeira. Por “trazer a própria cadeira” quero dizer determinar-se a ser criativo, descobrir uma linguagem própria e fazer as coisas da nossa maneira, buscando aquilo em que somos melhores, o que mais nos entusiasma e nos apaixona. 

Lutar por uma cadeira é divertido quando se tem dez anos de idade, mas não aos cinquenta. Conheço pessoas que gastaram tempo demais lutando por um número sempre crescente de cadeiras. Em muitas áreas vemos isso acontecer com cortes de funcionários, quando empresas economizam diminuindo seus quadros. Entre empreendedores a “síndrome da dança das cadeiras” pode ser sentida quando mudanças no mercado e na tecnologia transformam negócios florescentes em empreendimentos que lutam apenas para sobreviver. 

O que podemos fazer para “trazer nossa própria cadeira” quando mercados e oportunidades de emprego estão em declínio? No meu caso sempre houve demanda por alguém perito em fotografia. Com o decorrer dos anos desenvolvi habilidades em restauração de fotos antigas, transformando imagens antigas e desbotadas do passado em fotos novas e revitalizadas. Tive a mesma experiência com a música, minha outra paixão. Essas têm sido minhas “cadeiras”. 

A pergunta a fazer é: Qual é a minha cadeira? Quais as habilidades, talentos e experiências específicas que possuo que me distinguem dos demais onde trabalho? O que pode capacitar-me a escavar um nicho para uma nova carreira? Acredito que a Bíblia apresenta princípios relevantes que deveríamos considerar. 

Somos únicos, tanto pessoal como profissionalmente. Mesmo em empresas com muitas pessoas, cada uma tem uma formação, personalidade, interesses, talentos e experiências únicos. Precisamos considerar de que forma alavancar essas qualidades dadas por Deus, seja para nos tornarmos membros valiosos de uma equipe, seja para realizar algo por nós mesmos que nos dê alegria e senso de realização. “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável” (Salmos 139:13-14).

Fomos especialmente preparados para o trabalho que fazemos. Você já se perguntou por que tem “inclinação natural” para certo tipo de trabalho e não para outro? A Bíblia diz que isso se deve aos planos de Deus para cada um de nós. “Porque somos criação de Deus em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos” (Efésios 2.10).

Por Jim Mathis

Próxima semana tem mais!


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