"Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da
Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome; 24 mas o próprio Jesus não se
confiava a eles, porque os conhecia a todos.25 E
não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque
ele mesmo sabia o que era a natureza humana.” Jo 2.23-25
“Oligopistos” significa "pouca fé" - oligo (λίγο) - pequenos e pistos (πίστη) - fé ou confiança - É um termo grego usado por Jesus quando ele está falando com seus discípulos. Existe uma piada no meio cristão sobre o “crente bule”, numa referência ao objeto culinário de se pôr café. O “crente bule” é aquele de pouca fé (ou por café). Mas falando mais seriamente, precisamos entender que Jesus, como líder, tinha uma mensagem para as multidões, mas um outro discurso para o povo. Mas qual a estratégia de falar diferenciadamente aos discípulos? Ele queria treiná-los para continuar o trabalho depois de sua morte, pois eles seriam encarregados de definir a igreja e espalhar a mensagem de salvação. E nesse “treinamento”, por diversas vezes, Jesus usa a palavra grega "Oligopistos", no sentido de “pouca fé”. Curiosamente, Mateus, um coletor de impostos para o governo romano, cita essa palavra, no seu evangelho, por quatro vezes.
1)
Mt 6.30 – “E se a erva do
campo, que hoje existe e amanhã lançada no forno, roupas Deus, Ele não vestirá
muito mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo:
Que comeremos? ou o que havemos de beber? ou o que vestir?”
2)
Mt 8.26 – “Homens de pouca fé respondeu, por que
vocês estão com tanto medo?”
3)
Mt 14.31 – “Então, Jesus estendeu a mão e pegou o
repreendeu: 'Homem de pouca fé! Por que duvidaste?”
4)
Mt 16: 8 – “Percebendo
isso, Jesus disse-lhes: Homens de pouca fé, por que estamos falando sobre não
ter pão?”
Hoje todas as mesmas coisas que
os discípulos viviam, acontecem para nós:
"preocupações", "medos", "dúvidas" e
"necessidades" são uma constante no nosso dia-a-dia. E eu posso
afirmar que seria impossível viver nesse mundo achando que não precisaríamos
conviver com essas quatro pressões. Elas existem, isso é inegável. O segredo é
conviver com essas situações, sem ser dominado por elas. E é aí que a fé faz a
diferença.
Preocupações, medos, dúvidas e necessidades sempre estarão presentes
em nosso mundo diário. Reconhecer e enfrentar essas situações são uma parte
ativa da nossa jornada. E enquanto alguns conseguem mover-se sobre elas, outros
não. O texto acima nos fala que a multidão cria em Jesus por que viam os
milagres que Ele fazia. Mas fala também que Jesus não acreditava no povo, pois
conhecia o coração deles.
É fácil acreditar que Deus
está ao nosso lado quando os milagres estão acontecendo. Mas, e quando vierem
as preocupações, os medos, as dúvidas, quando passarmos por necessidades?? Como
será? Deus acreditava em Daniel, pois sabia que ele seria vencedor em meio à
cova dos leões. Deus acreditava em Sadraque, Mesaque e Abdenego, pois sabia que
eles seriam vencedores na fornalha. Deus acreditava em Abraão, pois sabia que
ele não lhe negaria seu único filho, Isaque. Mas Deus também, conhecendo o
coração daquele povo, não acreditava neles, pois sabia que eles iriam
crucificar Seu filho.
Como tem andado seu “termômetro”
de fé? Muita fé ou você tem sido um crente bule (pouca fé)? É fácil ter fé
quando as coisas vão bem. Mas realmente conhecemos a Deus quando passamos pelo
vale da sombra da morte.
Que a nossa declaração seja como a do Salmista Davi – “Ainda que eu ande pelo vale da
sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e
o teu cajado me consolam.” - Sl 23.4 – Faça o
teu melhor, não pare de andar, pois Deus confia em você!
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