segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Não Confundir Alegria com Felicidade




O meu assunto para hoje – alegria – não é algo sobre que geralmente falamos no mundo empresarial e profissional.  É comum falarmos sobre felicidade e ser feliz, seja em relação ao fechamento de um contrato, a conquista de um novo cliente, uma venda, uma promoção ou aumento de salário, ou ainda sobre um novo emprego que sentimos que será mais realizador e recompensador. Tais acontecimentos nos deixam felizes. Mas, qual foi a última vez que você ouviu alguém falando sobre estar alegre?


Recentemente alguns amigos e eu falávamos sobre estas duas palavras aparentemente similares – alegria e felicidade. Durante o curso da nossa conversa, porém, nos demos conta de que elas são muito diferentes, sob formas importantes. Felicidade, por exemplo, tem muito a ver com o que está acontecendo no momento. Eu posso me sentir feliz porque não está chovendo ou posso me tornar infeliz porque o meu café esfriou. Alegria, por outro lado, tem mais a ver com atitude. Alegria é um modo de vida, a forma como abordamos os acontecimentos diários, tanto os bons como os ruins, ao passo que felicidade geralmente tem a ver com a situação. A alegria pode ser mais um traço de personalidade, uma qualidade interior de bem-estar que permeia cada parte da vida de uma pessoa.

Uma observação que surgiu da nossa discussão foi a respeito de como o nosso nível de alegria pode afetar aquilo que nos traz felicidade. Por exemplo, se estivermos cheios de alegria, tenderemos a ver o que há de bom em muitas coisas: pequenos prazeres nos farão felizes e os problemas poderão ser vistos como desafios e não obstáculos intransponíveis. Pessoas sem alegria em suas vidas terão muita dificuldade para encontrar momentos felizes, e cada problema que encontrarem será percebido como algo difícil, árduo e perturbador.

Eu me considero cheio de alegria, o que significa que qualquer coisa aparentemente inconsequente pode me fazer feliz. Sou afortunado porque todos os negócios em que estive envolvido destinavam-se a fazer as pessoas felizes. Seja como músico, fotógrafo ou dono de café, ou ainda, mais recentemente, como restaurador de fotos antigas, vi muitas pessoas com quem trabalhei partirem com enormes sorrisos no rosto. Uma boa caneca de café pode provocar um sorriso no rosto de um amante da bebida, mas nem se compara com ver velhas fotos de família serem recuperadas. 

É interessante observar que a Bíblia fala pouco sobre “felicidade”, mas fala bastante sobre “alegria”. Aqui estão algumas coisas que ela fala sobre o modo que deveríamos abordar cada novo dia, seja no trabalho, em nossos lares ou praticando nossos hobbies e nos dedicando aos nossos interesses preferidos. 

A alegria deve ser uma companheira constante. Se alguém lhe disser que está sempre feliz, seja cético. Todo mundo enfrenta situações desagradáveis na vida. Mas a alegria interior é uma qualidade que não depende de circunstâncias externas. Por isso, nos é dito: “Alegrem-se sempre.” (I Tessalonicenses 5:16).

A alegria não depende das circunstâncias. Se alguém lhe dissesse:  “Seja feliz, não importa o que aconteça”, você concordaria? Contudo, a Bíblia nos instrui: “Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve  ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.” (Tiago 1:2-4).

A alegria é ditada por nossa fé e confiança em Deus. Outra passagem, também escrita pelo apóstolo Paulo, alguém acostumado com as adversidades, declara que a alegria emana de uma crescente fé em Deus.  “...nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus. E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem  a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus,  e essa aprovação cria a esperança.”  (Romanos 5:2-4).


Por Jim Mathis


Próxima semana tem mais!

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