O meu assunto para hoje – alegria – não é algo sobre que geralmente
falamos no mundo empresarial e profissional. É comum falarmos sobre
felicidade e ser feliz, seja em relação ao fechamento de um contrato, a
conquista de um novo cliente, uma venda, uma promoção ou aumento de salário, ou
ainda sobre um novo emprego que sentimos que será mais realizador e
recompensador. Tais acontecimentos nos deixam felizes. Mas, qual foi a última
vez que você ouviu alguém falando sobre estar alegre?
Recentemente alguns amigos e eu falávamos sobre estas duas palavras
aparentemente similares – alegria e felicidade. Durante o curso da nossa
conversa, porém, nos demos conta de que elas são muito diferentes, sob formas
importantes. Felicidade, por exemplo, tem muito a ver com o que está
acontecendo no momento. Eu posso me sentir feliz porque não está chovendo ou
posso me tornar infeliz porque o meu café esfriou. Alegria, por outro lado, tem
mais a ver com atitude. Alegria é um modo de vida, a forma como abordamos os
acontecimentos diários, tanto os bons como os ruins, ao passo que felicidade
geralmente tem a ver com a situação. A alegria pode ser mais um traço de
personalidade, uma qualidade interior de bem-estar que permeia cada parte da
vida de uma pessoa.
Uma observação que surgiu da nossa discussão foi a respeito de como
o nosso nível de alegria pode afetar aquilo que nos traz felicidade. Por
exemplo, se estivermos cheios de alegria, tenderemos a ver o que há de bom em
muitas coisas: pequenos prazeres nos farão felizes e os problemas poderão ser
vistos como desafios e não obstáculos intransponíveis. Pessoas sem alegria em
suas vidas terão muita dificuldade para encontrar momentos felizes, e cada
problema que encontrarem será percebido como algo difícil, árduo e perturbador.
Eu me considero cheio de alegria, o que significa que qualquer
coisa aparentemente inconsequente pode me fazer feliz. Sou afortunado porque
todos os negócios em que estive envolvido destinavam-se a fazer as pessoas
felizes. Seja como músico, fotógrafo ou dono de café, ou ainda, mais
recentemente, como restaurador de fotos antigas, vi muitas pessoas com quem
trabalhei partirem com enormes sorrisos no rosto. Uma boa caneca de café pode
provocar um sorriso no rosto de um amante da bebida, mas nem se compara com ver
velhas fotos de família serem recuperadas.
É interessante observar que a Bíblia fala pouco sobre “felicidade”,
mas fala bastante sobre “alegria”. Aqui estão algumas coisas que ela fala sobre
o modo que deveríamos abordar cada novo dia, seja no trabalho, em nossos lares
ou praticando nossos hobbies e nos dedicando aos nossos interesses
preferidos.
A alegria deve ser uma companheira constante. Se alguém lhe disser que está sempre feliz, seja cético. Todo
mundo enfrenta situações desagradáveis na vida. Mas a alegria interior é uma
qualidade que não depende de circunstâncias externas. Por isso, nos é dito:
“Alegrem-se sempre.” (I Tessalonicenses 5:16).
A alegria não depende das circunstâncias. Se alguém lhe dissesse: “Seja feliz, não importa o que
aconteça”, você concordaria? Contudo, a Bíblia nos instrui: “Meus irmãos,
considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações,
pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança
deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem
lhes faltar coisa alguma.” (Tiago 1:2-4).
A alegria é ditada por nossa fé e confiança em Deus. Outra passagem, também escrita pelo apóstolo Paulo, alguém
acostumado com as adversidades, declara que a alegria emana de uma crescente fé
em Deus. “...nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus.
E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos
produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa
aprovação cria a esperança.” (Romanos 5:2-4).
Por Jim Mathis
Próxima semana tem mais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário