segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ser Bom Sem Deus

Por Rick Boxx

Recentemente li um artigo na seção "Fé" do jornal local, onde uma ateísta descrevia sua jornada buscando ensinar seus filhos a serem "bons" sem fazer nenhuma referência à Bíblia.  Ao explicar os princípios em que se baseavam seus ensinamentos, ela citou dois lemas: "Trate as pessoas da maneira como você gostaria de ser tratado" e "Faça o que é certo, mesmo quando ninguém estiver olhando". Ela apenas esqueceu de mencionar – ou talvez nem mesmo soubesse – que esses dois princípios se originam na Bíblia. O primeiro é uma afirmação de Jesus em Mateus 7.12. O segundo, parte do chamado Sermão da Montanha apresentado em Mateus 6.1-4. 

A autora continuou referindo-se a "ser bom" como se isso fosse um padrão, algo natural e automático, bastando apenas estar disposto a tentar.  Jesus, entretanto, apontou a contradição dessa pressuposição em Mateus 19.16-17, quando um jovem rico perguntou-lhe: "Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?"  Ele respondeu:"Há somente Um que é bom. Se você quer entrar na vida, obedeça aos mandamentos."

Jesus estava ensinando àquele líder – provavelmente destacado homem de negócios ou empreendedor em sua cidade – que o bem, em última análise, flui do relacionamento com Deus e não meramente de aspirações nobres. O problema é que mesmo quando tentamos fazer coisas boas, não podemos estar certos quanto aos nossos motivos. A Bíblia declara: "O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?" (Jeremias 17:9). 

Por exemplo, você pode estar sempre cem por cento seguro, quando faz algum ato de gentileza para um cliente ou colega de trabalho, e que não está fazendo isso apenas para ganhar o favor deles? Ou, quem sabe, obrigá-los a, no futuro, agir de forma recíproca, retribuindo o ato que você praticou? O que você faz pode realmente ser uma coisa boa, mas as razões para fazê-lo podem ser porque também é bom para você. 

Por isso o apóstolo Paulo escreveu: "Não há ninguém que faça o bem, não há nenhum sequer" (Romanos 3.12). Ele não estava dizendo que é impossível que realizemos coisas boas, mas sim que

nossos melhores esforços são contaminados pelo pecado, que a Bíblia define como rebelião contra Deus e persistência em agradarmos a nós mesmos e buscar nossos próprios interesses. 

Há os que insistem em afirmar que a humanidade é essencialmente boa e que o mal é uma aberração no comportamento humano. Porém, se formos honestos, reconheceremos que geralmente, apesar de nossas melhores intenções, ainda tentamos fazer coisas que sabemos serem inaceitáveis ou fazer coisas boas por motivos errados. 

Então quer dizer que fazer o bem, no trabalho, em casa ou na comunidade, é inútil? Claro que não! Simplesmente precisamos compreender a origem do bem. Jesus afirmou em João 15.5: "Sem Mim vocês não podem fazer coisa alguma." Ele estava asseverando que o bem genuíno, incontaminado por motivos egoístas, somente pode ser feito por meio do poder de Deus operando em nossa vida e através dela.

Ser bom e fazer o bem é um padrão excelente e desejável para cada um de nós em nossos respectivos campos de trabalho, contanto que nos lembremos que a base para esse bem está ancorada nos mandamentos de Deus - mesmo que não o reconheçamos ou lhe dermos crédito por isso!

Próxima semana tem mais!

Nenhum comentário: