sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Liderança Viável e Acessível

por Rick Boxx

Um editorial do destacado jornal de negócios, The Wall Street Journal, citou uma surpreendente tendência que está sendo praticada por executivos muito atarefados.  De acordo com o relato eles estão contratando diretores de recursos humanos (“chief of staff”) – alguém para lidar diretamente com os funcionários, liberando os CEO’s para tratar de responsabilidades mais amplas no âmbito corporativo.

Parece significativo que no momento em que muitos CEO’s já se encontram bastante isolados de seus funcionários tenham agora lançado mão do recurso de designar outro guardião – uma nova camada de isolamento com seus empregados. Obviamente isso torna cada vez mais difícil que um funcionário tenha acesso direto aos superiores. Também leva a grande frustração entre aqueles que acreditam que suas necessidade s não estão sendo ouvidas e suas contribuições não estão sendo reconhecidas. 

O gerenciamento de tempo é fundamental e desconfio que seja uma das razões para essa recente tática. Entretanto, liderança verdadeiramente eficiente tem a ver com servir pessoas e não evitá-las. Quando encaramos o lidar com pessoas como problema em vez de privilégio, nossas prioridades estão seriamente fora de alinhamento.

Existem muitas fontes de consulta no que diz respeito à importância dos líderes estarem em estreito contato com seus liderados. Mas os melhores exemplos são encontrados na Bíblia. No Novo Testamento lemos: “Alguns traziam crianças a Jesus para que Ele tocasse nelas, mas os discípulos os repreendiam. Quando Jesus viu isso, ficou indignado e lhes disse: ‘Deixem vir a Mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas’” (Marcos 10.13-14). 

Um conhecedor da vida de Jesus sabe que Ele tinha uma missão muito clara e dispunha de pouco tempo para cumpri-la. Ainda assim Ele sempre encontrava tempo para atender às pessoas que reclamavam Sua atenção, como na passagem acima. Se o Filho de Deus Se mostrava acessível às crianças, que naquela época nem eram consideradas pessoas, não deveríamos nós ser mais acessíveis aos nossos colaboradores? Eis outros exemplos extraídos da Bíblia:

Monitore regularmente o pulso da sua equipe. Como você vai saber se algum problema importante está para surgir se não se comunicar de forma consistente e próxima com seus empregados? Ignorar questões significativas pode colocar em perigo sua organização. “Esforce-se para saber bem como suas ovelhas estão, dê cuidadosa atenção aos seus rebanhos... os cordeiros lhe fornecerão roupa, e os bodes lhe renderão o preço de um campo” (Provérbios 27.23,26). 

Conheça e se interesse por sua equipe. Quando as pessoas acreditam que seus líderes as conhecem e olham por seus interesses, elas se sentem estimuladas a fazer o melhor possível. “Quando a nação tem líderes inteligentes e sensatos, ela se torna forte e firme; mas quando a nação peca, ela muda de governo a toda hora” (Provérbios 28.2).

Dê a mesma atenção e cuidado que gostaria de receber. Quando temos necessidades prementes queremos comunicá-las a quem possa oferecer-nos assistência. Como líderes, devemos ser igualmente compreensivos com aqueles que se reportam a nós. “Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês” (Lucas 6.31). 

Próxima semana tem mais!


Um comentário:

Rodrigo Cesar disse...

Bispão, Paz.
Show a postagem.
Valeu ter compartilhado.
Realmente muitas pessoas se afastam dos colaboradores e talvez por terem conseguido chegar onde chegaram (considerando que isso para o mesmo seja mérito), dessa forma, distante de todos, se mantém assim.
Eu opto pelo contato mais próximo desde que possível.
Excelentes textos como referência.
Mas em se tratando de ambiente corporativo é uma esfera, pessoal é outra, ministerial é outra ainda.
É claro que o conceito vale para todas, mas em cada esfera dessas, cada pessoa poderá reagir diferente.
É difícil sermos a mesma pessoa em todos esses ambientes.
Não que mudemos, mas em cada uma delas, algo se destacará mais, até pela necessidade ser diferente em cada uma.
Um exemplo:
Na esfera do trampo, a pessoa pode considerar que é o ganha pão, daí a tensão será diferente caso ela seja a colaboradora, como citara, se um superior não é próximo, ela pode considerar que seu trabalho não tem sido valorizado, até pelo fato da falta de comunicação, também citada.
Se for na igreja, a pessoa pode fazer parte do ministério, daí haverão mais responsabilidades, seja para a igreja, como para ajuda ao próximo, se ela for somente membro, será outro clima, por aí vai.
Em casa, é outro rítimo, se a pessoa for solteira, casada, enfim.
Mas o essencial, é buscarmos o bom relacionamento e a dica de Lucas, para fazermos ao próximo o queremos que façam conosco, isso basta.
Paz aí.