sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Restaurando Memórias Apagadas

Quando a fotografia colorida começou a tomar o lugar da em preto e branco nos anos 50 e 60, especialistas sabiam de um segredo que poucos conheciam: ao contrário da foto em preto e branco, o filme e o papel para foto colorida não era permanente (esta foi uma das razões por que meu negócio se dedicou exclusivamente às fotos em preto e branco durante muitos anos). Hoje, 50 anos depois, temos milhões de fotografias desbotadas, com cores apagadas. 

Tenho visto até fotos impressas há menos de 20 anos com cores desvanecidas. Mas, felizmente, pesquisas têm-nos capacitado a salvar e restaurar tais fotos. No processo de restauração, podemos imprimir em papel livre de ácido e tintas, com base em pigmentos permanentes que durarão centenas de anos. 

Ao restaurar fotografias antigas e desbotadas, estou na verdade envolvido com a preservação de memórias. É muito mais que impedir que imagens desapareçam. Essa ênfase na preservação de memórias não se limita somente à fotografia: pode ser aplicada também ao mundo empresarial e profissional. 

Às vezes uma empresa atinge sucesso mantendo foco sobre uma missão clara, um mercado específico ou um nicho dentro de sua atividade. Com o passar do tempo, porém, expectativas muito altas, ambição, prazos fatais ou mesmo a ganância, fazem que o líder empresarial perca a visão da base do seu sucesso. Na busca por maiores ganhos ou expansão de mercado, a memória de como e porque ele chegou onde está começa a desaparecer. 

Isso pode acontecer com pessoas também. Pessoas embarcam na carreira escolhida, cheias de senso de propósito e armadas com ideias nobres. Essa motivação, contudo, pode ser esquecida ou posta de lado, enquanto sobem pela escada corporativa. Ganhos de curto prazo mutilam memórias duradouras. 

Tendo isso em mente, é extremamente útil concentrar esforços para proteger valiosas memórias corporativas e profissionais, impedindo que desvaneçam. Por isso, declarações de missão, acompanhadas de reuniões de liderança periódicas, onde podem ser feitas perguntas como, “Por que estamos aqui?”, “O que estamos fazendo?”, ou, “O que realmente é importante para nós?”, são muito valiosas.  

A Bíblia também fala da importância de impedir que memórias se apaguem. A nação de Israel era inclinada a permitir que suas memórias desvanecessem em tempos de paz e prosperidade. Eis alguns princípios extraídos das Escrituras sobre a importância de salvar e preservar memórias caras: 

Lembre-se das vitórias do passado. Podemos ficar tão obcecados pelo futuro que deixamos de apreciar os triunfos passados e como aconteceram. “Tenham muito cuidado para que vocês nunca se esqueçam das coisas que os seus olhos viram; conservem-nas por toda a vida na memória. Contem-nas a seus filhos e a seus netos” (Deuteronômio 4.9). 

Lembre-se da fonte do seu sucesso. Com o passar do tempo, memórias podem se apagar e nos esquecermos da ajuda e dos recursos que recebemos na rota para o atual nível de sucesso. “Tenham o cuidado de não se esquecer do Senhor, o seu Deus, deixando de obedecer aos Seus mandamentos, às Suas ordenanças e aos Seus decretos que hoje lhes ordeno. Não aconteça que, depois de terem comido até ficarem satisfeitos, de terem construído boas casas e nelas morarem... o seu coração fique orgulhoso e vocês se esqueçam do Senhor, o Seu Deus, que os tirou do Egito, da terra da escravidão” (Deuteronômio 8.11-14). 

 

Por Jim Mathis

Próxima semana tem mais!


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