terça-feira, 9 de julho de 2013

O Teste de Liderança: A Próxima Geração

Se perguntássemos a 100 executivos quais são as características de um bom líder, certamente eles dariam 100 diferentes respostas. Contudo, quando se fala em deixar uma herança duradoura, a marca dos grandes líderes é determinada por aquilo que permanece depois que eles saem de cena. 

Líderes determinados e decididos a serem bem-sucedidos são capazes de “fazer as coisas acontecerem”, desejosos de transformar sua visão e sonhos em realidade. Entretanto, a melhor forma de avaliar líderes é depois que se vão: sua eficiência em liderar aqueles sob seu comando se revela pelo que permanece. 

Em seu excelente livro, “Good to Great" (Empresas Feitas Para Vencer), Jim Collins afirma que grandes líderes “desejam que suas empresas alcancem ainda mais êxito na próxima geração, despreocupados diante da ideia de que a maioria das pessoas sequer saberá que a raiz desse sucesso está em seus esforços originais”. 

Collins também descreveu líderes “nem tão grandes assim”: “...Preocupados com sua própria reputação de grandeza (eles) frequentemente falham na tentativa de preparar a organização para ser bem-sucedida na próxima geração. Afinal de contas, quer testamento melhor de sua própria grandeza, do que tudo desmoronar depois que você partir?”

É interessante observar como a partida de dois ícones da liderança empresarial afetou as empresas de ponta que fundaram. Steve Jobs, cofundador da Apple Inc. morreu em outubro de 2011. Sua visão, criatividade e magnetismo pessoal construíram a Apple, levando-a a ser a mais inovadora empresa de seu tempo. Quando Jobs se afastou da Apple no final dos anos 80, a empresa cambaleou até que ele reassumiu anos mais tarde. Desde sua morte, a Apple tem enfrentado dificuldades e especialistas imaginam se ela voltará a ter a mesma estatura que desfrutou sob a direção de Jobs. Será que ela acabará sendo “ainda mais bem-sucedida na próxima geração”? Isso não tem o intuito de diminuir as realizações de Jobs, mas nem todos os líderes exercem impacto de longo alcance. 

Em 1982 a mente visionária de Al Neuharth gerou o USA Today, primeiro jornal americano de âmbito nacional. O tempo confirmou que havia um mercado pronto para ele e Neuharth tirou proveito da tecnologia emergente para facilitar a publicação do jornal de costa a costa. Quando morreu meses atrás, aos 89 anos de idade, seu legado estava preparado. Depois que seu envolvimento diário cessou, o USA Today firmou-se como instituição de mídia e comunicações, preenchendo a descrição de “próxima geração mais bem-sucedida”.  

A Bíblia apresenta inúmeros exemplos da ideia de “próxima geração”. Moisés passou o cajado a Josué, e Elias literalmente passou o manto a Eliseu. O maior exemplo foi Jesus Cristo que confiou Sua missão a um pequeno número de discípulos. Hoje incontáveis milhões de pessoas se tornaram Seus fieis seguidores. 

Provérbios 29.18 diz: “Onde não há revelação divina, o povo se desvia; mas como é feliz quem obedece à lei!” Jesus deu a Seus seguidores uma visão simples: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações... ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei...” (Mateus 28:19-20). Nitidamente eles foram fieis à sua vocação, visto que o sucesso de sua missão hoje se estende a incontáveis gerações.

No seu trabalho existem líderes lançando e delineando visões a serem abraçadas pelas gerações vindouras?

Próxima semana tem mais!

Por Robert Tamasy


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