sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Recompensas

Um observador sábio do mercado de trabalho e da vida de negócios e profissional é Max DePree, executivo corporativo de muito sucesso, autor de inúmeros livros, incluindo, "The Art of Leadership e Leadership Jazz" (Arte da Liderança e Liderança Jazz). Uma citação de DePree me impressionou de maneira particular: “Objetivos e recompensas são apenas partes — partes diferentes — da atividade humana. Quando recompensas se tornam nosso objetivo, estamos apenas buscando realizar parte do nosso trabalho.”  O que você acha que Mr. DePree está dizendo? Você concorda com ele?

Estabelecer objetivos e buscar recompensas não são metas inerentemente ruins. Para que um negócio sobreviva é preciso que dê lucro e, espera-se, venha a crescer. Recompensas como compensações financeiras e avanços na carreira são parte da motivação para empenharmos nosso melhor a cada dia.

Na recente “eco-encíclica”, Laudato Si, o Papa Francisco fez a seguinte observação: “Jesus trabalhou com suas mãos, em contato diário com a matéria criada por Deus, à qual deu forma com sua perícia profissional... Grande parte de sua vida foi dedicada a essa tarefa, num estilo de vida simples que não despertava nenhum tipo de admiração: 'Não é este o carpinteiro, filho de Maria?...'” (Marcos 6.3).

Desta maneira Jesus santificou o trabalho e lhe conferiu importância especial para nosso desenvolvimento. Como ensinou o Papa João Paulo II: "Suportando o ônus do trabalho, em união com Cristo crucificado por nós, o homem de certa maneira colabora com o Filho de Deus para a redenção da humanidade.”  A Bíblia ensina que o trabalho é ideia de Deus desde o início, e que não tem nenhuma função de penalidade ou punição, mas é parte de Seu propósito para a raça humana. Vejamos:

Deus nos designou Seus administradores. A Bíblia diz que Deus atribuiu ao Homem a responsabilidade de supervisionar Sua Criação, dando-lhe autoridade de mordomo: “Criou Deus o homem à sua imagem... Homem e mulher os criou. Deus os abençoou, e lhes disse: ‘Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra!  Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra’” (Gênesis 1.27-28). 

Não devemos realizar nosso trabalho apenas por recompensa. Temos metas e alvos estabelecidos, mas mesmo quando eles são alcançados, outras permanecem não realizados. “Na verdade, eu me alegrei em todo o meu trabalho; essa foi a recompensa de todo o meu esforço. Contudo, quando avaliei tudo o que minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento” (Eclesiastes 2.10-11). “Pois as riquezas não duram para sempre, e nada garante que a coroa passe de uma geração a outra” (Provérbios 27.24). 

Trabalho é forma de honrar e servir a Deus. Quando reconhecemos que o trabalho é parte da vocação de Deus para nós, também nos é assegurado que ao realiza-lo fielmente e com excelência, receberemos recompensa eterna de Deus, o Trabalhador que fez que o trabalho fosse feito “à sua imagem”. “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo” (Colossenses 3.23-24). 

Por Robert Tamasy - Próxima semana tem mais!

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