domingo, 2 de dezembro de 2012

O NOVO DE DEUS

Há acontecimentos em nossas vidas que gostaríamos de apagar da nossa memória. São lembranças tristes que nos fazem sofrer. Mas as lembranças desagradáveis não precisam ser motivo de derrota. Todos nós, se quisermos, podemos tirar do baú lembranças de momentos difíceis que enfrentamos. Chegamos a pensar que não superaríamos tanta dor. No entanto, Deus foi nosso ajudador, e tudo passou. Vamos nos deter por alguns momentos na vida de José do Egito. Ele só tinha 17 anos, quando foi jogado na cisterna por seus irmãos e começou sua longa jornada de aflição. Nada parecia justo nem produtivo durante os anos difíceis de tribulação. José tinha 30 anos, quando ficou diante de Faraó, e as coisas começaram a mudar em sua vida. Não foi do dia para a noite. Foram 13 longos anos de sofrimento! Quanto você aguentaria? Já teria chegado ao limite? Já teria desistido de tudo? José era um homem que vivia acima do desânimo e muito acima de suas circunstâncias. Seu longo período de aflição não o desencorajou. Enfim, Deus mudara a sorte dele. Por que viver nas águas pantanosas das más lembranças? Para a consolação total de José, Deus lhe deu uma esposa e dois filhos. Ao dar nome aos filhos, José estava proclamando abertamente que Deus o fizera esquecer o passado; inclusive, a rejeição por parte de seus irmãos. O primeiro filho se chamou Manassés, que significa: “Deus me fez esquecer”. Ao segundo filho deu o nome de Efraim, cujo significado é “Deus me deu dupla frutificação”.(Gênesis 41:50-52)

Há lugares em nosso cérebro onde as lembranças ficam gravadas permanentemente. Não nos esquecemos de nada, na verdade. As lembranças do sofrimento de José continuavam lá, mas quando o alívio, finalmente, veio, Deus o fez ter alegria novamente. Essa é uma lição para todos nós. Não podemos viver o novo de Deus, se não nos despojarmos do velho, representado pelo nosso passado. Alimentar nossa mente de pensamentos negativos, pensando em dar o troco àqueles que nos ofenderam, nos roubaram e nos atormentaram com atos perversos e palavras más nos impede de avançar. Só depois de pedirmos ao Senhor Deus que apague os aguilhões de nossa memória é que poderá surgir “Efraim”, para lembrar como Deus nos abençoou abundantemente. Podemos escolher o que nos transforma em reféns. Mesmo que tenhamos um depósito de lembranças penosas, não podemos viver remoendo essas lembranças. Existem pessoas que se tornam vilãs da própria felicidade. Estão sempre tentando colocar remendo novo em roupa velha. É até possível. Mas com isso não se obtém o melhor resultado. É preciso tirar todo o ranço do passado, para que venham coisas novas!

(Sueli Barão Rocha de Souza, evangélica, professora e cunhda do Bispo Laerte Lafayett)

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